Olhei para mim e vi,
um eco rubicundo,
uma peça silenciosa e perdida
na multidão ensurdecedora,
encolhido no vácuo de sussurros
engatilhados
eu era o olho,
a pupila,
um cego mergulhado
em um cadafalso
que pensava com a retina
e quase não sentia
cheiro
eu era um feto
e o mundo já andava,
eu era a crise e o mundo só gritava,
eu era a sombra dançante das paredes
enquanto tudo era
ou se fazia
de normal
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