Ela me olhava e via,
no fundo meus olhos,
escondida atrás de minha barba,
uma lágrima fria e pendular
Eu olhava pra ela inexpressivo,
Agarrando numa mão a cólera,
Na outra o encantamento,
Deixando-me circundar aos passos,
por uma multidão de sombras frias
Haviam me dito um dia que o amor era real
e perfeitamente possível,
tinham me amarrado aos pés sem que eu soubesse,
tinham me dado nó de um laço sem chaves
no fundo meus olhos,
escondida atrás de minha barba,
uma lágrima fria e pendular
Eu olhava pra ela inexpressivo,
Agarrando numa mão a cólera,
Na outra o encantamento,
Deixando-me circundar aos passos,
por uma multidão de sombras frias
Haviam me dito um dia que o amor era real
e perfeitamente possível,
tinham me amarrado aos pés sem que eu soubesse,
tinham me dado nó de um laço sem chaves
Salgaram a minha carne,
Adoçando a vida com mentiras,
com volúpias, com imagens,
criaram um mundo mágico,
Adoçando a vida com mentiras,
com volúpias, com imagens,
criaram um mundo mágico,
fatos inteiramente feitos
para se chocarem com a realidade
E em um prazer quase sádico ela me indagava:
Farás o que, então?
Era um eco em uma casa vazia,
um som perdido em um salão
E eu que já nada mais podia,
além de um contemplar extático,
de um grasnar primordial e silencioso,
de um lagrimejar agudo e dificultoso
irrompia de dentro de mim à gritar
Fazer o que, então?
Nada! Nunca!
Em vão.
O que seria o amor,
Se não fosse
ficção?
para se chocarem com a realidade
E em um prazer quase sádico ela me indagava:
Farás o que, então?
Era um eco em uma casa vazia,
um som perdido em um salão
E eu que já nada mais podia,
além de um contemplar extático,
de um grasnar primordial e silencioso,
de um lagrimejar agudo e dificultoso
irrompia de dentro de mim à gritar
Fazer o que, então?
Nada! Nunca!
Em vão.
O que seria o amor,
Se não fosse
ficção?
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