terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Cidadania



Para Denis Pinho


Dar-te-ei tudo que tenho,

num lampejo, num sorriso,
fazendo de inferno a terra,
de falsidade o paraíso.

Varrerei tua calçada,

com atino e compromisso,
para que passes na levada,
nas mamas do estado omisso.

Abracar-te-ei,

fingirei-me de feliz,
sendo eu Antônio,
Homem,
tua puta, meretriz,
que de tanto não querer mais,
tive que dizer que quis.

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