esbaforidas,
as luzes andróginas
subvertem o ambiente,
o corpo da cidade,
da sequência,
da atrofia
em pleno século vinte e um
secam-se os homens
como a vasos de barro
produzidos em cadeia,
livres das mãos e pés,
à passos de escolhas
limitadas
em digno contemplar
legitimam as pérolas,
o ouro, o brilho das insígnias,
a suprema ordem que rege
a distância dos muros do castelo
a tosca lógica hierárquica
do indizível e do inimaginável,
o descolamento dos homens
de sua humanidade
aleijados,
filhos prematuros,
arrastam se os pobres,
as pedras, os padres,
às pressas,
produtos soturnos
em paz de concreto,
de ferro, de pólvora
em um nenhum futuro,
em um real inerte,
carente
e absurdo
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