terça-feira, 11 de março de 2014

Despertar


Desperto do espaço
no frio da noite,
na cama da lua,
no calor do mormaço

Desperto do sonho,
como o ás do entorno,
como revvolta sintética,
livre da forma,
da harmonia,
ou do medo,
ou de qualquer
estética

Desperto do infinito
semblante triste,
da marejada face
cunhada em riste,
do brilho calmo
do desconforto,
da alma inerte,
do corpo morto.

Eternamente,
desperto,
da fome,
do medo,
da aurora,
um pouco do todo,
que fui,
desabrigado,
de outrora.

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