O brilho da água
é insipido,
minha cama é dura
e os dias se encadeiam
como elos de uma corrente
metálica.
Já não sou capaz
de dar nome as coisas,
esse poema vai sem título,
o sujeito que passa na rua
me é desconhecido.
A chuva ameaça do céu
mas não cai,
o calor é estupido,
faz suar as costas
e avermelhar a face.
Tudo aponta para um
típico dia de verão,
mas é outono
fora e dentro de mim.
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