sábado, 9 de abril de 2016

O brilho da água
é insipido,
minha cama é dura
e os dias se encadeiam
como elos de uma corrente
metálica.

Já não sou capaz
de dar nome as coisas,
esse poema vai sem título,
o sujeito que passa na rua
me é desconhecido.

A chuva ameaça do céu
mas não cai,
o calor é estupido,
faz suar as costas
e avermelhar a face.

Tudo aponta para um
típico dia de verão,
mas é outono

fora e dentro de mim.