Já não posso dizer que estou sóbrio,
as pernas já me falham
e o ritmo da taquicardia só sobe.
Entre o hoje e o pra sempre
esvai-se a razão
fraqueja-me o sopro
desde a ultima vez que te vi
achando eu que seria pra nunca,
pra mais que fosse,
rebento depressivo da união
E onde estão nossos pés
caminhando em paralelo?
e onde estão nossas mãos dadas
nas ruas dos parques?
Veja bem,
o que condenso aqui
não é o lamento de uma vida
é um grito de desespero
que ecoa em cada osso,
em cada vertebra
do meu corpo.
É uma ânsia incontida,
que me arrebenta
o peito
e me impede
de comer
É um pranto
que cala a voz
e submerge
a alma
em rios de
lamentação